quinta-feira, 10 de março de 2011

Galhofa

Tantas doses, combinações e saideiras
Pra lá de mil análises probabilísticas alcoolizadas
Tantos nomes e promessas
expectativas de um crescente fértil
Tantos agentes químicos e naturais
digo, previsíveis e ocasionais

Para quando, no exercício hermenêutico em meio a ordinários sinais,
ter-se o desenvolvimento de um pseudo campo sensorial super sensível

Galhofa
São só ouvidos para dentro
São olhos para a mente projetada no nada do lado de dentro
É só calma e respiração

Mas sabe o que trinca?
O que rompe e trás pro chão?
Tudo
e às vezes nada

Sabe

A maior de todas as ondas
pertence às coisas do amor

6 comentários:

  1. O amor, sim, pode ser devastador. Eu q o diga. Passei a noite em claro, chorando, conversando, xingando, implorando. Agora me sinto uma acidentada de tsunami que sobreviveu à desgraça.

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  2. Eu sou a única pessoa que encarou os versos com otimismo? Hehe. Mesmo, fiquei maravilhada, gostei muito, muito. E me deu mais saudade, sua napoleônica!

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  3. Acho que a onda mais devastadora é a insegurança, é sentir o chão falhar sob os pés, a incerteza de um sentimento qualquer... É não conseguir tornar sólida uma expectativa, e ter que lidar com a frustração.

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  4. Incrível como a palavra onda despertou sensações tão diferentes... na minha cabeça me referia a uma onda sensorial, quase psiquíca, de um deleite vivo, um experimentar de sensações... achei maravilhoso ver tantas interpretações diferentes sobre a idéia da .oNDa.

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